Referência Nacional na Área Forense
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Os estudos de homicidas em série costumam ser um tema inesgotável de possibilidades e caminhos. Muitos pesquisadores e investigadores se debruçam a compreender o que levam esses criminosos cometerem crimes, muitas vezes cruéis, de forma serial.

Em relação aos estudos sobre os tipos de homicidas em série há inúmeras tipologias definidas. Neste texto pretendemos falar sobre a categorização desses criminosos partindo da razão dos seus crimes, seus padrões comportamentais e o processo de tomada de decisão, sendo este agrupamento baseado nas variáveis como a seleção de suas vítimas, a escolha do local de crime e seus modus operandi.  

Neste sentido, iremos falar sobre as classificações de: Visionários, Missionários, Hedonistas e Poder/Controle:

Visionário

Os homicidas visionários são aqueles que agem devido a alucinações visuais ou auditivas (geralmente de figuras como Deus, anjos e demônios) que lhes dizem que devem matar uma pessoa ou um grupo específico de pessoas como, por exemplo, prostitutas ou mulheres solteiras, criando uma lógica própria para o acometimento das mortes.

Nesta categoria podemos dar como exemplo o homicida em série David Berkowitz (O Filho de Sam) que aterrorizou a cidade de NY com seus crimes praticados entre julho de 1976 e agosto de 1977. Ele assassinou 6 jovens e feriu outras setes com seu revólver calibre .44. Assim que foi preso, Berkowitz reafirmou que cometeu os crimes ao ouvir comandos de um demônio que tinha possuído o cachorro de sua vizinha.

Missionário

Os missionários creem ter uma missão a realizar na terra, se livrando de um certo grupo ou tipo de pessoas que são consideradas por eles como inaceitáveis e sem valor para o mundo. Portanto, eles possuem a tarefa de se livrarem desses indivíduos, fazendo uma “limpeza” através da matança.

Como exemplo temos Robert Pickton, um antigo fazendeiro criador de porcos que foi condenado em 2007 pelo homicídio de seis mulheres em Vancouver, sendo suspeito da morte de outras 46 mulheres que sumiram na região no mesmo período. Todas as suas vítimas eram prostitutas ou usuárias de drogas, principalmente de ascendência indígena. Pickton tinha um grupo específico que desejava exterminar: mulheres invisíveis à sociedade pela sua profissão e o vício em drogas.

Hedonista

Essa classificação refere-se aos homicidas que obtêm prazer no ato. Nesse tipo de homicidas possuímos três subdivisões: os assassinos luxúria, que representam aqueles que normalmente se entregam ao sadismo sexual, à antropofagia (comer partes do corpo humano) e à necrofilia (parafilia caracterizada pela excitação sexual pelo contato ou visão de cadáveres); os assassinos emotivos, que desfrutam do crime tendo prazer e excitação em matar, o que geralmente envolve muita tortura; e os assassinos conforto que são orientados de forma a desfrutarem da vida, com um objetivo facilitado, através do uso do patrimônio de outra pessoa, por exemplo.

Como exemplo de um homicida hedonista temos Ed Kemper, que assassinou 8 mulheres (após ser solto pelo assassinato dos avôs paternos), tendo esquartejado e praticado atos sexuais com suas cabeças (em sua maioria), inclusive com a própria mãe, sua última vítima. Kemper cometia os assassinatos acreditando que a única maneira de ele conseguir ter uma relação sexual, e assim obter prazer, seria se ele as sequestrassem e a matassem.

Poder/Controle

São aqueles que a sua gratificação com o homicídio é ter poder e controle sobre suas vítimas, ou seja, o seu motivo é a possibilidade de exercer o domínio e possuir o controle da vida e da morte de outra pessoa.

Como exemplo temos Ivan Marko Milat (O assassino de mochileiros), que matou sete mochileiros entre 1980 e 1990 e gostava de caçar suas vítimas como animais na mata, matando-os de forma violenta com facadas, estrangulamento ou a tiros. Podemos classificá-lo nessa tipologia pois ele prolongava a cena do crime, além de obter o controle sob a vítima através do medo obrigando-os a correrem na mata enquanto ele agia como se estivesse caçando um mero animal.

Os homicidas em série são um tema recorrente tanto nos eventos quantos nos cursos realizados pela Faculdade Volpe Miele – FVM, referência nacional na grande área forense. Entre em contato e torne-se também um especialista na área!

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