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Certamente podemos perceber que os assuntos relacionados a investigações criminais são uns dos mais procurados no mundo atual, especialmente na internet.

Com o surgimento de infindáveis séries de cunho investigativo, o número de fãs por essa área passou a crescer de forma substancial. Contudo, mesmo que se trate de um mundo completamente fascinante, ainda assim as séries de TV não mostram totalmente a realidade dessas investigações, especialmente no que diz respeito à Psicologia Investigativa que é uma das metodologias do Profiling Criminal.

Por esse motivo, é necessário entender como alguns processos funcionam no mundo real, bem como a importância de cada uma delas para concluir laudos criminais ou pareceres técnicos mais assertivos. Quer saber mais sobre o assunto? Então, confira o nosso post até o final e tire todas as suas dúvidas sobre Investigações Criminais.

Afinal, o que é Criminal Profiling?

O Profiling Criminal (que pode ser traduzido como “perfilamento criminal”) consiste em um processo de análise criminológica que une as competências do investigador criminal e do especialista em comportamento humano. Imagine um caso de morte duvidosa, onde não se sabe de imediato se o óbito se originou a partir de um suicídio, um acidente ou um homicídio. A partir de um levantamento minucioso e metódico, o “profiler” é chamado a resolver questões contextuais, geográficas e psico-comportamentais, ajudando na solução dos fatos. Único e pioneiro no Brasil, este programa explora técnicas de investigação criminal para definição do retrato psicológico e perfil criminal, especialmente demonstrado no seriado mundialmente conhecido, “Criminal Minds”, além de outros como “Mindhunter”, “Profiler”, “The X Files” (“Arquivos X”) e “Hannibal”.

Antes de tudo, podemos definir que o Criminal Profiling nada mais é do que compreender as condições psicológicas de um criminoso. Em outras palavras, é um ramo da psicologia que busca identificar a atividade criminal, visando arrecadar provas para que o criminoso tenha o seu processo de prisão, com a respectiva apresentação à justiça.

Como se sabe, a Psicologia Investigativa acabou surgindo através de trabalhos policiais que tinham como objetivo traçar os tipos de perfis criminais, que eram realizados pela Unidade de Ciência Comportamental da Academia do FBI em Quântico, na Virgínia.

Contudo, a Psicologia Investigativa teve o seu nascimento oficial no ano de 1992, a partir dos incríveis trabalhos de David Canter. De acordo com as informações da época, ele utilizava esse ramo de forma mais científica, introduzindo conceitos de Psicologia Ambiental e Social em seus processos investigativos.

Dessa forma, entendemos que o trabalho dessa profissão não se baseia somente na confecção de perfis criminais e psicológicos, mas vão muito além disso.

5 coisas que você precisa saber sobre Investigação Criminal

Agora que você já sabe o conceito e história da Psicologia Investigativa, confira abaixo coisas que ninguém nunca te contou sobre Investigação Criminal, e que são bem diferentes dessas séries de TV que a gente costuma assistir por aí:

1 – A cena do crime jamais deve ser alterada

Antes de tudo, imagine que a cena do crime fosse a morte de uma barata. Provavelmente você limparia aquela pequena gosma que esse inseto solta depois que a esmagamos. Contudo, no âmbito investigativo, você provavelmente estaria arrumando um trabalho extremamente importante.

Nesses momentos, o profiler pode entrar em cena para entender a mente do criminoso, o motivo pelo qual o levou a fazer isso, os principais gatilhos que o fizeram agir de tal forma e as circunstâncias mentais que provavelmente ele se encontra no momento atual.

Por esse motivo, o ideal é que não se mexa em nada da cena do crime, pois cada detalhe, substância e resíduo é importante para a coleta de provas e condições importantes.

2 – As mentiras são desvendadas de incríveis formas

Nesse quesito, provavelmente você deve estar se lembrando do detector de mentiras. Contudo, não é a única ferramenta do processo investigado para descobrir as verdades por trás do crime cometido.

A linguagem corporal do criminoso, bem como a sua forma de mexer os pés, o jeito em que ele pisca os olhos enquanto recebe uma pergunta específica, a curvatura da sua coluna, a sua dicção e a forma em que se expressa são algumas das formas de desvendar mentiras pelo profissional investigativo. Sem contar que esse comportamento, acoplado a outras provas, oferece ainda mais assertividade nos resultados da investigação.

3 – O fato simples pode ser o certo

Vamos explicar! Sabe-se que em investigações criminais, os especialistas acabam adotando o que comumente é chamado de Navalha de Ockham. De acordo com essa teoria, caso o criminoso ou o processo investigado aponte duas versões do acontecido, a versão mais simples tem maiores chances de ser a verídica.

Nesse ponto, a psicologia criminal entra em cena para coletar traços psíquicos e histórico familiar para dar mais probabilidade às questões relacionadas aos fatos que estão sendo julgados como verdadeiros.

4 – Não existe bancos de dados online no Brasil

Se você é viciado em séries, provavelmente deve lembrar-se daqueles bancos de dados com impressões digitais e fichas criminais ao lado, mostrando todas as informações inerentes ao criminoso. Infelizmente, aqui no Brasil ainda não temos tal tecnologia, o que ainda nos deixa em fichas e arquivos físicos de criminosos e suspeitos.

Em outras palavras, quando existe a necessidade de comprovar fatos e comportamentos de uma determinada pessoa, as informações estão dispostas em formas analógicas, com um grande número de dados sobre o indivíduo suspeito.

5 – Tecnologias e máquinas ainda não conseguem substituir o trabalho do perfilador

É bastante comum acreditarmos que com o crescente desenvolvimento tecnológico na atualidade, é possível que existam máquinas, sistemas e outros tipos de tecnologias para desvendar rapidamente todos os mistérios escondidos por trás dos crimes, especialmente quando as verdades não são ditas.

Entretanto, ainda não estamos em um futuro onde as máquinas podem promover atividades psicológicas ainda melhores que as dos humanos! Felizmente, esses recursos ainda são inteiramente manuais, e logo, esses profissionais são extremamente demandados nesse ramo.

Uma máquina ainda não consegue substituir uma análise comportamental, um traço psicótico e fatores sócio-ambientais advindos da família ou da sociedade para desencadear formulações como resposta aos atos cometidos pelo criminoso em questão.

Conclusão

Conforme vimos, a área de investigação criminal é realmente um mundo fascinante para as pessoas, especialmente àquelas que conhecem a investigação por meio de séries de TV. Mesmo que elas não mostrem a realidade de alguns crimes e processos para desvendar os atos criminosos e o respectivo culpado, ainda assim não deixa de ser uma área interessante para atuar.

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