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As impressões digitais são comuns a todos os seres humanos, mas também são o que nos individualiza como pessoas. Nem mesmo gêmeos idênticos possuem as mesmas impressões digitais. Isso mesmo, não há absolutamente ninguém no mundo que seja exatamente igual a você! Através da sua impressão digital, é possível identificá-lo como você mesmo em qualquer lugar do mundo, mesmo que sua aparência física mude com o passar dos anos. Continue por aqui e conheça mais sobre esse assunto fascinante! Boa leitura!

Conceito e origem da Papiloscopia

A Papiloscopia é o estudo da identificação humana através das papilas dérmicas que se encontram na palma das mãos e na sola dos pés de todos os seres humanos. Essa identificação se torna de extrema importância quando é necessário tornar única uma pessoa em suas relações civis, bem como assegurar que apenas o culpado por um crime responda por seus atos.

Você pode estar pensando que exceto em casos extremos, bastaria olhar para uma pessoa e saber quem ela é, sem confundi-la com outra. Ou talvez que baste o seu nome junto com aspectos físicos que ela não consegue alterar, como o formato do rosto ou o tamanho dos seus ossos. Será mesmo?

No começo do século XX, nos Estados Unidos, um funcionário de uma penitenciária recebeu um novo prisioneiro e o reconheceu, afirmando que ele já havia sido preso naquela mesma prisão. O prisioneiro negou, o que não surpreendeu o carcereiro, pois qual criminoso que aceita de bom grado as suas condenações? Até mesmo as medidas antropométricas desse novo prisioneiro eram semelhantes às de outro prisioneiro que também possuía um nome muito parecido! Will West e William West!

Foi necessário comparar as impressões digitais do novo prisioneiro com as que já estavam arquivadas para concluir que os dois não eram, de fato, a mesma pessoa! Note que tentaram individualizar essa pessoa através do nome, aparência e de suas medidas e nenhum dos métodos foi suficiente. Foi a partir daí que o sistema datiloscópico foi instalado nas penitenciárias como forma de identificação dos presidiários. Hoje, as impressões digitais também são extremamente utilizadas no âmbito civil, em documentos como o RG e o passaporte, por exemplo.

Como são coletadas as impressões digitais?

Com certeza você já teve as suas impressões digitais coletadas para a emissão de algum documento. Atualmente, existem scanners que captam a sua digital e já a enviam para o computador, mas não faz muito tempo que as digitais eram coletadas com papel e tinta! Uma tinta própria para isso é aplicada nas pontas dos seus dedos e então você pressiona um dedo de cada vez em um papel, girando levemente para que a impressão seja coletada por inteiro.

O problema de coletar as impressões digitais de alguém que seja suspeito de um crime, é que não é sempre que ele será encontrado logo no início da investigação. Mas, como já dizia Edmund Locard, todo contato deixa sua marca, não é mesmo? Se o criminoso não estava utilizando luvas, com certeza será possível encontrar ao menos uma digital deixada por ele, ainda que parcial.

O papiloscopista, então, joga com muita delicadeza um pó próprio (normalmente, de cor contrastante como verde neon) para a superfície na qual há a suspeita de haver uma impressão digital, espalha o pó com um pincel bailarina (que recebe esse nome devido ao formato que suas cerdas formam) e voilá! Surge uma impressão digital! Agora basta coletar o desenho formado pelo pó revelador com uma fita adesiva e grudá-la em uma lâmina transparente.

Atuação Profissional do Papiloscopista

O profissional encarregado da coleta e do estudo das impressões digitais é o papiloscopista.

Ele tem as seguintes atribuições:
● identificação neonatal
● elaborar peças de caráter técnico (ex: laudos)
● colher impressões digitais para documentos
● confronto dos materiais obtidos
● armazenamento de informações em banco de dados
● análise de mínimos fragmentos encontrados em locais de crimes
● colher impressões digitais para documentos

Além de todas essas atribuições, o papiloscopista é um policial civil ou federal, o que significa que ele também pode vir a exercer atividades administrativas ou outras tarefas que lhe sejam atribuídas.

Esse profissional pode ser designado para atuar em locais como o Instituto Médico Legal (IML), Departamentos de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), bem como em Delegacias da Corporação.

Ainda é possível a atuação em locais de crime, laboratórios, e a análise de documentos falsificados. Esse é um cargo público, ou seja, obtido através da aprovação em concurso público.

É necessário que o candidato seja maior de idade e que tenha formação superior em curso reconhecido pelo MEC.

A papiloscopia é uma área fascinante pelas sua importância em diversas situações, e se você gostaria de se aprofundar ainda mais no assunto, o nosso curso de Pós-Graduação em Ciências Forenses possui a disciplina de Papiloscopia em sua grade curricular!

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